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Previdência reduz a mordida do Leão
É o único investimento passível de ser deduzido do IRPF, mas só pode ser feito se for investido até 12% do rendimento bruto
Com o final do ano bem perto, 2011 já traz uma preocupação aos contribuintes: o Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF). Para quem acha que perderá muito com a mordida do Leão, é bom saber que há como investir e pagar menos imposto ou até mesmo receber uma restituição maior: a previdência complementar.
Esse investimento é o único passível de ser deduzido do IRPF, mas ele só pode ser feito se for investido até 12% do rendimento bruto da pessoa e até o dia 31 de dezembro deste ano.
De acordo com o professor de finanças do Insper, Liao Yu Chieh, caso o contribuinte saiba investir em previdência privada, ele não só consegue a dedução como ainda pagará menos imposto quando o tributo for cobrado no fim do contrato, e o dinheiro passar a ser devolvido. "Se a pessoa tem R$ 10 mil e se encaixa na faixa de 27% de imposto, ela terá R$ 2,7 mil a menos para pagar ou restituir no próximo ano, por exemplo. E se ainda optar pelo Imposto de Renda progressivo quando fizer o investimento e pagar ao longo de 10 anos, o imposto final será de 10%", explica o especialista.
Porém, a dedução no IR só é possível para quem optar pela previdência complementar Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL). Esse tipo de investimento é indicado para quem tem emprego formal, contribui para a Previdência Social e faz a declaração completa do IR, ou seja, tem dependentes.
Já para quem é profissional liberal, quem é isento de pagar IR, faz a declaração simplificada ou seja empregado de qualquer outra forma que não seja celetista, o indicado é optar pela previdência complementar Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL). Nesta modalidade, o valor aplicado não pode ser deduzido no IR, mas no final do plano só pagará imposto sobre o rendimento e não sobre o total como ocorre com a PGBL.
Futuro
Independentemente do benefício sobre o IR, os especialistas recomendam o investimento em previdência complementar. "Para todo mundo vale a pena. É um dinheiro que a pessoa não ficará propensa a mexer se for uma poupança, por exemplo", explica Ricardo Humberto Rocha, professor de finanças da Fundação Instituto de Administração. Ele lembra que mesmo que o plano seja oferecido por um banco, é a seguradora do grupo que está por trás e é ela que administra o produto.