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BC força a queda do dólar

A estratégia acalmou um pouco o mercado.

Aflito com a tendência de alta do dólar e de um provável impacto na inflação — que começou 2014 assombrando mais do que o esperado —, o Banco Central decidiu reforçar sua presença no mercado. Na próxima quinta-feira, conforme anunciou ontem a autoridade monetária, começarão a ser rolados os swaps cambiais que vencem em 3 de fevereiro. Na semana que vem, será a vez dos contratos com vencimentos em 2 de maio e 1ª de setembro. A comercialização antecipada é para aumentar a oferta de dólar e, assim, tentar diminuir o preço da moeda norte-americana.

A estratégia acalmou um pouco o mercado. O dólar abriu a semana em queda ante o real, valendo R$ 2,351: recuo de 0,59%. Não se chegava a esse patamar há duas semanas. Na mínima do dia, a divisa chegou a cair mais de 1%. Durante a manhã, o BC não só divulgou a antecipação das rolagens de fevereiro, como deu continuidade às intervenções diárias, iniciadas no fim de agosto do ano passado. Desde 2008, no auge da crise internacional, o BC não age tão incisivamente no mercado cambial.

Os dados fracos sobre emprego nos Estados Unidos também contribuíram para a desaceleração do dólar. Os números de dezembro, divulgados na última sexta-feira, indicaram o pior resultado do mercado de trabalho norte-americano desde janeiro de 2011. A criação de 74 mil postos — bem abaixo da estimativa de 200 mil — fez os analistas voltarem a acreditar que a redução do estímulo econômico na maior economia do mundo não será tão rápida.

O Banco Central quer pegar carona nesta percepção de que o Federal Reserve, banco central dos EUA, reduzirá seu programa de compra de títulos aos poucos ao longo de 2014. O resultado de emprego no último mês do ano passado deixou muitas incógnitas sobre a força da retomada da atividade norte-americana. O Fed já deixou claro, por mais de uma vez, que enquanto o mercado de trabalho não estiver estabilizado em níveis confortáveis, os estímulos à economia serão mantidos.

Petrobras
Segundo analistas, o mercado cambial também refletiu ontem especulações sobre a captação de recursos da Petrobras. A petroleira levantou, na terça-feira passada, R$ 11 bilhões no exterior, de acordo com comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Ainda não se sabe se e quando esses recursos entrarão no país. A empresa explicou que a intenção é financiar o Plano de Negócios e Gestão 2013-2017. A operação, a primeira do ano, foi recorde entre os países emergentes.

» Bolsa recua 4,04% no mês

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) voltou a cair ontem, seguindo o desempenho negativo das bolsas norte-americanas e cedendo ao peso de Petrobras e Vale. Com poucos indicadores macroeconômicos divulgados, e sem mudanças significativas no cenário doméstico, o recuo foi de 0,54%, mais uma vez abaixo da linha dos 50 mil pontos. A queda acumulada no mês chega a 4,04%. O Ibovespa chegou a exibir alta de 0,62%, mas passou a afundar com as ações da Petrobras mudando de rumo. As maiores quedas, no entanto, foram as da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e da administradora de benefícios de saúde Qualicorp. Na outra ponta, destaque para a alta das ações das construtoras Gafisa e MRV Engenharia. O Grupo Pão de Açúcar também fechou em ascensão, na esteira da divulgação dos números finais de 2013.

 

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