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Juros seguem pressionados à espera da ata do Copom
Na prática, isso significa aposta majoritária em duas altas de 0,50 ponto, com a Selic encerrando o ano em 10%.
Os juros futuros iniciam a semana em níveis elevados na BM&F, à espera da divulgação, na quinta-feira, da ata do Comitê de Política Monetária (Copom). Na semana passada, houve uma rodada de alta das taxas dos contratos futuros de Depósito Interfinanceiro (DI). O derivativo com vencimento em janeiro de 2014 saltou para 9,28% e passou a projetar alta da Selic em 1,18 ponto percentual até o fim do ano, segundo a gestora Quantitas.
Na prática, isso significa aposta majoritária em duas altas de 0,50 ponto, com a Selic encerrando o ano em 10%. Apesar de surpreender positivamente, o crescimento de 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre não mudou as expectativas para o rumo dos juros.
Segundo estrategistas de renda fixa, o mercado deve esperar a divulgação da ata do Copom antes de promover mudanças significativas nas taxas dos juros futuros mais curtos. Se o BC disser que o "balanço de riscos" para a inflação é negativo e ressaltar riscos da depreciação cambial, é possível que parte dos investidores aposte em Selic acima de 10% no fim do ano.
Os movimentos mais intensos, por ora, são vistos nos contratos mais longos. O contrato para janeiro de 2015 fechou a 10,53%. Se fosse levado como parâmetro para a condução da política monetária, projetaria Selic em 12% no fim de 2014. O contrato para janeiro de 2017 atingiu 11,82%. Falta de confiança na política fiscal brasileira, dúvida sobre até onde vai o dólar, perspectiva de redução de estímulos monetários nos EUA e até a iminência de um eventual ataque à Síria são apontados como motivos para justificar prêmios elevados.