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Dólar cai 0,14% com expectativa de dados positivos no exterior
A variação da divisa, no entanto, foi limitada pela agenda de indicadores fraca desta sessão e pela possibilidade de atuação do Banco Central no mercado
A moeda norte-americana caiu 0,14 por cento, para 2,0330 reais na venda. Durante o dia, oscilou entre 2,0305 reais e 2,0365 reais. Segundo dados da BM&F, o volume negociado foi de cerca de 2,3 bilhões de dólares.
"A China já teve dados positivos de exportação e nos Estados Unidos, de maneira geral, os dados têm sido melhores. Agora, estamos esperando mais notícias", disse o diretor de câmbio da Pioneer Corretora, João Medeiros.
Com poucos indicadores nesta segunda-feira, investidores se apegaram à percepção de que está em curso uma melhora da economia mundial, principalmente nos EUA e na China.
Entre os dados previstos para os próximos dias, economistas destacaram os números de PIB, produção industrial e vendas no varejo da China no fim da semana.
Nos EUA, por sua vez, além de alguns indicadores recentes terem sido positivos, o presidente do Federal Reserve de Chicago, Charles Evans, deu impulso às expectativas otimistas nesta segunda-feira ao afirmar que a economia dos EUA deve crescer 2,5 por cento em 2013 e 3,5 por cento em 2014.
O mercado ainda seguirá atento ao discurso do chairman do Federal Reserve (banco central dos EUA), Ben Bernanke, nesta noite, que pode dar sinais sobre a continuidade de estímulos econômicos no país.
Às 17h23, dólar tinha queda de 0,06 por cento ante uma cesta de divisas, além de se desvalorizar frente ao euro.
A variação do dólar ante o real, no entanto, tem sido modesta em função da constante vigilância do BC. O mercado acredita que a autoridade monetária atuaria para manter a moeda norte-americana dentro do intervalo atual de 2,0 a 2,05 reais, considerado o mais adequado para apoiar exportadores sem criar pressões inflacionárias adicionais.
"Parece válido que o câmbio acima de 2 reais interessa à indústria e à economia brasileira, mas que um dólar mais alto traz impacto na inflação, o que também preocupa o BC", acrescentou Medeiros.