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Maioria dos executivos no Brasil acham que a crise irá persistir por até mais 2 anos
Uma pesquisa divulgada pelo Grupo IBI, multinacional francesa especializada em reestruturação de empresas e gestão de pessoas, revelou que 44% dos executivos brasileiros confiam que a crise prevalecerá por no máximo dois anos.
Luana Cristina de Lima Magalhães
Uma pesquisa divulgada pelo Grupo IBI, multinacional francesa especializada em reestruturação de empresas e gestão de pessoas, revelou que 44% dos executivos brasileiros confiam que a crise prevalecerá por no máximo dois anos.
Há ainda os mais confiantes (40%) que acham que este cenário de instabilidade financeira continuará por menos de um ano e apenas 14% acreditam que essa situação irá prevalecer por mais de dois anos.
O estudo foi realizado com mais de 7.500 profissionais, em dezembro de 2008, nos seguintes países: Bélgica, Brasil, Finlândia, Polônia, Romênia, Rússia, Suíça, Reino Unido, Alemanha, França, Espanha, Itália, China e Estados Unidos.
A crise
Entre os executivos brasileiros, a maioria (47,5%) afirmaram que a crise vai afetar igualmente o Brasil e o resto do mundo. Já para 46,8%, os impactos dessa instabilidade financeira serão menores no seu país natal.
Os executivos norte-americanos, ingleses e espanhóis são os que mais acreditam no fato de que o seu país será mais afetado pela crise quando comparado a outras nações.
O governo
Quando indagados sobre as medida governamentais de seus respectivos países para conter os efeitos da crise financeira mundial, a maioria dos profissionais ouvidos na pesquisa, ou seja, 66% dos brasileiros acreditam que é preciso reforçar de maneira permanente o lugar e a função do Estado na economia.
Entre os resultados divulgados, pouco mais de 40% dos executivos da média mundial revelaram que o governo tomou medidas eficazes para combater a crise. Com os brasileiros, esse índice sobe para 59%.
Sobre as alterações da atuação do seu respectivo país na economia local, cerca de 44% dos executivos de outras nações acham que é preciso que o Estado reforce sua posição na economia, mesmo que seja de maneira temporária. No Brasil, apenas 4% acham que não é necessário aumentar a posição do Estado nesses casos.
Mudanças no mercado
Em relação às mudanças no mercado e nas regras devido à crise, 3,9% dos entrevistados brasileiros acreditam que surgirão novas regulações financeiras e regras. Dentre os entrevistados de outros países, o índice chega a 11%.
Por acreditarem em mudanças temporárias ou definitivas no mercado, na mesma proporção, executivos brasileiros e outros países também afirmaram que os métodos e as ferramentas de gestão de empresas sofrerão alterações.